Processos de Mudanças – O que podemos aprender com eles?

Processos de Mudanças

A Constante Presença das Mudanças

A maior certeza que temos na análise de uma biografia é o constante movimento de mudanças. Existem mudanças que são simples de serem compreendidas, naturais e orgânicas, como o desenvolvimento médio de uma criança que, entre o nascimento e os três primeiros anos de vida, atinge cerca do dobro do seu tamanho.

Essas mudanças previsíveis, esperadas e anunciadas, assim como o desenvolvimento humano, os ciclos da natureza, governos e sistemas econômicos, naturalmente geram impactos e ocasionam várias outras mudanças em função do evento de origem. É como se fosse um eterno encadeamento de mudanças do macro para o micro e vice-versa.

A Importância de Reconhecer Nossas Emoções

Discorrer sobre esses fenômenos e o que geram dentro de nós — a tal da mudança no micro — é importante para reconhecermos nossas emoções e como interpretamos a vida, mesmo diante de um roteiro aparentemente previsível.

Quando as Mudanças São Inesperadas

O que mais nos desafia é quando mudanças inesperadas ocorrem e resistimos em olhar para dentro, ou quando o “objeto de mudança” somos nós. Muitas vezes já não aceitamos mais alguns contextos, comidas, pessoas, trabalhos, países e assim por diante. São mudanças sutis ou até mesmo profundas que acontecem dentro da gente, no que sentimos, como nos autopercebemos e de como enxergamos o mundo ao nosso redor.

Acolher e Comunicar

Essas mudanças, muitas vezes veladas e ignoradas até por nós, precisam ser reconhecidas, acolhidas, respeitadas e comunicadas, principalmente para aqueles que serão impactados por elas.

Experiências Recentes de Mudança

Recentemente, mudanças mais abruptas se apresentaram na minha vida, a começar pelo término de uma relação intensa de trabalho. Esse fim abriu a oportunidade para a realização de outros projetos e de muito crescimento, mas, sem dúvidas, também trouxe inseguranças, tristezas e até doenças, afinal, nosso corpo fala a respeito do que sentimos.

Superada essa questão e “estabilizando novamente o barco da vida”, outra mudança, dessa vez planejada, começou a se materializar: a saída da minha filha de casa, para tomar a vida, literalmente, pelas próprias mãos. Claro que ela já é protagonista e responsável por suas escolhas e vida, mas todos que saíram da “casa dos pais” ou de quem os criou sabem exatamente sobre o que estou falando.

A Resistência em Expressar Sentimentos nas Mudanças

Por vezes ficamos “sem jeito” ou bloqueados de falar a respeito de como nos sentimos, afinal, “a mudança era esperada, não é mesmo?”. Se começarmos a falar sobre isso, possivelmente ganharemos algum rótulo ou tentarão nos encaixar em “síndromes”.

A Importância de Romper Barreiras e Aprender no processo

É preciso romper essas barreiras, começando dentro de nós mesmos e, depois, com os demais. Trazer clareza sobre o que as mudanças representam para nós e sobre como podemos nos preparar para elas.

Conclusão: Diálogo e Crescimento

Penso que tudo pode ser mais simples quando estabelecemos esse diálogo e aprendemos com as mudanças. Nos debruçarmos sobre esses capítulos da nossa vida, com interesse e abertura, amplia o conhecimento sobre nós mesmos, nossas forças e limitações. Dessa forma, sairemos do processo mais fortalecidos.

O estudo da própria biografia pode auxiliar na compreensão dos processos de mudanças, leia mais sobre Aconselhamento Biográfico.

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